terça-feira, 30 de abril de 2013
Paulo Vanzolini. Um cientista brasileiro e um músico do mundo.
A morte do poeta da boemia paulistana
Professor e poeta, mas com ginga de malandro
Malandragem do tempo em que a navalha era minha bandeira de guerra
Cantou nossas dores incuráveis de cotovelo
Mas ao som do chorinho desta cidade da garoa
Sambista e intelectual
Especialista em repteis na ciência
E o mais autêntico dos comunistas com raiz nas ruas
E morada nas esquinas e avenidas do velho centro de São Paulo
Ourives da rima como Olavo Bilac
Mas popular e compreendido por todos que amam o verdadeiro samba paulistano
Hoje estou de luto pela morte deste grande homem
Que um dia me disse que a boemia em São Paulo não mais existia
Pois a cachaça já não mais lhe ardia a alma
E todos seus parceiros de copo e samba já haviam partido daqui para melhor
E domingo mais um homem bom se foi
Para encontrar seus amigos no céu
E terminar a rima e a música que por saudade de um tempo que há muito se foi
Resolveu não mais nos presentear com pérolas do samba como “Ronda”
De noite eu ando a cidade a lhe procurar
E hoje choro por saber que nunca mais irei lhe encontrar.
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