quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Greve continua e a culpa Sr. Prefeito é unicamente sua!

HADDAD, NEGOCIE! QUEREMOS CONDIÇÕES DE TRABALHO! Na região do Imirim, na semana passada, mais uma professora faleceu. No enterro a mãe que perdeu sua filha declara: "A ESCOLA MATOU A MINHA FILHA". Depois de tanta pressão e do trabalho extenuante, faltando poucos meses para a aposentadoria, o infarto foi fulminante! Esse é um exemplo, que pode ser estendido a tantas outras partes da rede municipal. As condições de trabalho não permitem que realizemos o nosso trabalho. É a nossa profissão que está em jogo! O que o Governo Haddad diz sobre isso? Há um silêncio que não corresponde ao mandato dado pelo povo e pela maioria dos professores que votou nele. A expectativa da categoria é enorme. Afinal de contas, foram oito anos de ataques à escola pública (avaliações externas, CEI’s com convênios privados, número elevados de alunos por sala, ausência de uma política educacional às crianças com Necessidades Especiais). Antes de iniciar qualquer negociação, os primeiros passos do Governo Haddad foram no rumo oposto aos anseios da categoria: veto ao PL 310; criação das turmas mistas na Educação Infantil, mesclando as faixas etárias; e apenas 0,82% de “reposição da inflação”! Nós da educação vemos com bons olhos as desapropriações no Butantã, no Jd. Iguatemi e no centro para a construção de CEI’s e para a moradia popular. E aí nos perguntamos: por que o governo se nega a nos ouvir e a atender as nossas reivindicações? São ilegítimas? A população não merece uma educação pública de qualidade? Os professores não merecem condições de trabalho ? O que pedimos é muito? ESTAMOS EM GREVE PORQUE QUEREMOS TRABALHAR MELHOR! Isso é o que se ouve nas assembleias desde 29 de abril. Se o governo quer mesmo negociar, porque não responde às questões centrais hoje colocadas para o conjunto da rede? O Secretário Calegari e seus assessores não sabem das péssimas condições que os profissionais em educação enfrentam? Com a implantação do ensino de nove anos, no próximo ano cerca de 30% da categoria terá os seus salários rebaixados, forçados à queda de jornada. Isso é inadmissível! Nós entendemos que o diálogo deve começar pela resposta do governo em relação às reivindicações apontadas abaixo: • reposição da inflação já de 11, 46%; • redução da jornada em sala de aula – garantia a todos em JBD, J30, JB de 1/3 da jornada para hora-atividade, conforme o que garante Lei do Piso do Nacional que Haddad assinou quando era ministro de Educação de Lula; • garantir a permanência em JEIF a todos que optarem, independente da quantidade de aulas atribuídas (isso possibilitaria a contribuição de mais professores no projeto político pedagógico da escola) ; • a redução do número de alunos por sala; • concurso urgente para agentes escolares para por fim a terceirização da cozinha e limpeza! • retomar para administração direta os prédios públicos que estão nas mãos de convênios privados. Essas são as medidas que iniciam de fato o diálogo para atender as necessidades da rede. Assim, o governo deve reabrir as negociações. A categoria diz: Haddad, derrotamos Serra/Kassab, inimigos dos serviços públicos, da educação, demos o voto ao PT para as coisas mudarem, não para continuarem ou piorarem! Nós elegemos Haddad, estamos em greve e cobrando! Postado porDebate CUTista - SINPEEM

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Greve dos professores nas redes estadual e municipal de São Paulo - 2013

À toda comunidade das escolas Profº Lourival Gomes Machado e da EMEF Brasil-Japão. Infelizmente nós professores da rede estadual e municipal de São Paulo, estamos em greve. Na rede estadual a greve foi votada e decidida em Assembléia no último dia 19 e amanhã, nesta sexta feira teremos uma nova Assembléia às 14h00min na Avenida Paulista em frente ao vão do MASP para decidir o rumo do movimento. Eu particularmente sou a favor da continuidade da greve na rede estadual por estar no limite da paciência e resistência e se tudo der certo irei pedir um afastamento não remunerado por dois anos devido à total falta de perspectiva para minha carreira como professor de História na rede estadual. Leciono a matéria de História na rede estadual desde o meu segundo ano de faculdade na USP e naqueles tempos de ACT só podia sobreviver com o salário porque morava na moradia estudantil da universidade e tinha bolsa de alimentação, mas faltava às vezes até o dinheiro da condução. Tempos heróicos aqueles. Hoje passado mais de 30 anos, eu como profissional da educação e professor de História na rede estadual e de informática na PMSP, não posso mais me sujeitar a um salário de fome no Estado e se não fosse a PMSP não poderia sequer estar pagando sequer minhas contas. Essas são minhas razões pessoais por estar aderindo e lutando pela continuidade da greve, mas o que é mais importante é a nossa luta como um todo e a crença e a esperança que melhores dias virão para a educação pública em São Paulo, mas a fé sozinha não é transformadora se também não aliar-se a ação e ao fortalecimento da luta coletiva, através da participação e apoio as nossas únicas entidades que ainda nos representam e lutam pela melhoria das nossas condições de trabalho e ampliação de salários e direitos, ou seja, a APEOESP pela rede estadual e o SINPEEM na esfera municipal. Peço a compreensão de todos por esse momento difícil que é a greve, mas que tenham a certeza que se tivermos também o apoio e a colaboração de toda a comunidade, nosso movimento por uma escola pública de excelência e qualidade, será vitorioso. Todos juntos nesta luta por uma educação pública de qualidade e valorização de todos os profissionais da educação! E a luta continua!